sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Desertificação afetará alimentação mundial a partir de 2020
"Só 11% da superfície do planeta é cultivável e tem que (produzir o suficiente para) alimentar a população mundial, que atualmente é de 6,3 bilhões de pessoas e que, em 2020, segundo cálculos, será de 8,2 bilhões", afirmou em entrevista coletiva o responsável pelo Programa de Meteorologia para a Agricultura da OMM, Mannava Sivakumar.
Frente a esses dados, "questões como os nutrientes do solo, a degradação da terra, a segurança alimentar global e a qualidade ambiental adquirem maior importância", acrescentou.
Para analisar esse fenômeno e seus efeitos, mais de 2.000 especialistas de quase 200 países, agências da ONU, órgãos internacionais e organizações ambientalistas participarão, de 3 a 14 de setembro, em Madri, da 8ª Conferência da Convenção da ONU de Luta contra a Desertificação.
Segundo as previsões da OMM, a temperatura do planeta aumentará 0,4° C nos próximos 20 anos, a quantidade de chuvas aumentará nas latitudes altas e diminuirá na maioria das regiões subtropicais, as regiões atingidas pela seca aumentarão e as ondas de calor e as precipitações intensas se tornarão cada vez mais freqüentes.
A organização meteorológica destaca que, se essas previsões se concretizarem, a degradação dos solos aumentará, devido às secas e à erosão decorrente de chuvas torrenciais.
Tudo isso prejudicará a qualidade do solo e, conseqüentemente, seu rendimento. Ao mesmo tempo, existe a possibilidade de a superfície cultivável da Terra diminuir.
Sivakumar acha que "a produção agrícola de muitos países africanos será gravemente comprometida pela mudança do clima, já que, provavelmente, a extensão das terras cultiváveis diminuirá, assim como seu rendimento", especialmente no norte, no oeste e algumas áreas do sul do continente.
As regiões mais secas da América Latina também serão afetadas pela mudança climática, que favorecerá a desertificação e a salinização de campos de cultivo.
Além disso, "no sul da Europa, o aumento das temperaturas e a maior ocorrência de secas, que provocaram graves incêndios na Grécia, reduzirão a disponibilidade de água, o potencial de energia hidroelétrica e a produtividade agrícola", acrescentou Sivakumar.
Para agravar a situação, "muitos dos agricultores de todo o mundo não sabem muito bem o que está acontecendo e de que forma a mudança climática afetará suas colheitas", disse Sivakumar, cuja organização oferece seminários destinados a camponeses de países em desenvolvimento.
Fonte: EFE
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
Comer bem para respirar melhor: a gravidade da asma está ligada à dieta deficiente
por Coco Ballantyne para SciAmerican
Um estudo recente mostra que a dieta pode ser o principal responsável pela asma, um inchamento crônico das vias aéreas que afeta cerca de 20 milhões de americanos, seis milhões dos quais são crianças.
Em artigo publicado no periódico Chest, os pesquisadores relatam que os adolescentes são mais afetados por problemas respiratórios se suas dietas forem deficientes em determinados nutrientes. Adolescentes com os níveis mais baixos de consumo de frutas, da vitamina C e E, e ácidos graxos ômega-3 apresentaram função pulmonar pior e referiram a maior incidência de problemas respiratórios como tosse e coriza" diz Jane Burns, autora do estudo e epidemiologista da Harvard School of Public Health, em Boston.Burns e seus colegas examinaram os hábitos alimentares de 2.115 estudantes americanos e canadenses com idade entre 16 a 19 anos durante um ano letivo e também testaram sua função pulmonar.
Descobriram que os adolescentes que consumiram menos de 25% de uma fruta a cada dia eram propensos a ter a função pulmonar menos eficiente do que seus parceiros. Burns e seus colegas acreditam que as frutas têm um papel importante porque são ricas em vitamina C – também associada a pulmões saudáveis –, bem como em flavonóides, os antioxidantes que inibem a produção de radicais livres. Os radicais livres são átomos instáveis gerados tanto pelo metabolismo como por fatores ambientais, tais como o fumo e a poluição, e afetam as células, tornando o indivíduo mais suscetível a doenças e ao envelhecimento.
"A associação das frutas à função pulmonar e aos sintomas respiratórios pode ser o resultado de um efeito protetor dos flavonóides e da vitamina C nas vias aéreas e no epitélio alveolar," escrevem. Burns afirma que os baixos níveis de vitamina E e ômega-3 estiveram associados a uma incidência mais elevada de asma. Aparentemente, não faz diferença se as vitaminas eram de fontes naturais ou de suplementos. Lewis Smith, professor da Northwestern University em Evanston, Illinois, diz que essa pesquisa confirma muitos estudos precedentes que mostram os benefícios de uma dieta saudável na função respiratória. A dificuldade está em determinar quais os nutrientes entre os milhares presentes em vários alimentos são realmente responsáveis pelos benefícios à saúde, diz Smith, que conduziu os estudos que ligam isoflavonas de soja (também antioxidantes poderosos) a uma diminuição na severidade de sintomas do asma. "É uma doença muito complicada e ainda há muito a ser feito para que se possa compreender suas causas”, diz Burns. A pesquisadora está atualmente envolvida em dois estudos – um para testar o efeito da poluição do ar e o outro para examinar o efeito sinérgico entre a poluição e a dieta no bem-estar respiratório.
“Temos de fato um problemas com os adolescentes que não consomem as quantidades recomendadas de alimentos e micronutrientes. Uma dieta deficiente definitivamente interfere nos sintomas da asma”.
Sobrepeso faz diminuir atividade física
A evidência foi obtida a partir de uma pesquisa realizada num bairro pobre do Canadá. Os participantes foram entrevistados em 1992 e novamente em 1997 a respeito de diversos comportamentos relacionados com a saúde cardiovascular. Tomando-se todos os participantes em conjunto (527), e considerando-se os três meses anteriores a cada entrevista, a média de atividade física de lazer foi de 7,5 horas por semana no primeiro ano e 4 horas por semana no último: ou seja, houve queda da atividade. Considerando-se apenas os indivíduos que se mantiveram ativos em 1997 (334 participantes), também houve diminuição: de 8 horas para 7 horas por semana. Nos outros 193 (36% da amostra), a média de atividade, que era de 7 horas, caiu a zero no último ano.
O trabalho mostrou também que a idade mais velha faz aumentar o risco de se tornar inativo em aproximadamente 2% ao ano. Outro fator associado à diminuição do exercício foi a falta de locais para a prática de atividade física no bairro, que aumentou 1,6 vezes a chance de favorecer a inatividade no indivíduo. “Aumentar a disponibilidade de equipamentos e espaços para o exercício nas comunidades pode ser um fator-chave no desenho de intervenções para aumentar a atividade física”, defendem os autores.
Referência(s)
Weiss DR, O'Loughlin JL, Platt RW, Paradis G. Five-year predictors of physical activity decline among adults in low-income communities: a prospective study. Int J Behav Nutr Phys Act. 2007;4:2.
Por Patricia Logullo para Nutritotal
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Can Diet Help Stop Depression and Violence?
By Jurriaan Kamp, Ode. Posted August 28, 2007.
New research suggests that certain supplements and foods can help curb prison violence and increase academic performance in troubled students. Yet the effect of nutrition on psychological health and behavior is still controversial.The best way to curb aggression in prisons? Longer jail terms, maybe, or stricter security measures? How about more sports and exercise? Try fish oil. How can children enhance their learning abilities at school? A well-balanced diet and safe, stimulating classrooms are essential, but fish oil can provide an important extra boost. Is there a simple, natural way to improve mood and ward off depression? Yoga and meditation are great, but -- you guessed it -- fish oil can also help do the trick.
A diet rich in vitamins, minerals and fatty acids like omega-3 is the basis for physical well-being. Everybody knows that. But research increasingly suggests that these same ingredients are crucial to psychological health too. And that's a fact a lot of people seem to find hard to swallow.
The relationship between nutrition and aggression is a case in point. In 2002, Bernard Gesch, a physiologist at Oxford University, investigated the effects of nutritional supplements on inmates in British prisons. Working with 231 detainees for four months, Gesch gave half the group of men, ages 18 to 21, multivitamin, mineral and fatty-acid supplements with meals. The other half received placebos.
During the study, Gesch observed that minor infractions of prison rules fell by 26 percent among men given the supplements, while rule-breaking behaviour in the placebo group barely budged. The research showed more dramatic results for aggressive behaviour. Incidents of violence among the group taking supplements dropped 37 percent, while the behaviour of the other prisoners did not change.
Gesch's findings were recently replicated in the Netherlands, where researchers at Radboud University in Nijmegen conducted a similar study for the Dutch National Agency of Correctional Institutions. Of the 221 inmates, ages 18 to 25, who participated in the Dutch study, 116 were given daily supplements containing vitamins, minerals and omega-3 for one to three months. The other 105 received placebos. Reports of violence and aggression declined by 34 percent among the group given supplements; at the s;ame time, such reports among the placebo group rose 13 percent.
Gesch is quick to emphasize that nutritional supplements are not magic bullets against aggression, and that these studies are just "promising evidence" of the link between nutrition and behaviour. "It is not suggested that nutrition is the only explanation of antisocial behaviour," he says, "only that it might form a significant part."
But Gesch is just as quick to emphasize that there is no down side to better nutrition, and in prisons in particular, the cost of an improved diet would be a fraction of the cost of other ways of addressing the problem of violence among inmates.
Still, the menu in British prisons hasn't changed in the five years since Gesch published his results, even though the former chief inspector of prisons in the UK, Lord Ramsbotham, told the British newspaper The Guardian last year that he is now "absolutely convinced that there is a direct link between diet and antisocial behaviour, both that bad diet causes bad behaviour and that good diet prevents it."
Yet the effect of nutrition on psychological health and behaviour is still controversial, at least in part because it is so hard to study. Our moods, emotions and actions are influenced by so many factors: everything from our genes to our communities to our personal relationships. How can the role of diet be isolated among all these competing influences? That's exactly why Gesch conducted his study in prisons. In a prison, there are far fewer variables, since all detainees have the same routine. Do the results of the inmate trials reach beyond the prison walls? Gesch thinks so: "If it works in prisons, it should work in the community and the society at large. If it works in the UK and in the Netherlands, it should work in the rest of the world."
Another place improved nutrition seems to be working is in the city of Durham in northeastern England. There, Alex Richardson, a physiologist at Oxford University, conducted a study at 12 local primary schools. The research examined 117 children ages 5 to 12, all of whom were of average ability but were underachieving.
Instructors suspected dyspraxia, a condition that interferes with co-ordination and motor skills and is thought to affect at least 5 percent of British children. Possible signs of dyspraxia may include having trouble tying shoelaces or maintaining balance, for example. The condition frequently overlaps with dyslexia and attention deficit hyperactive disorder (ADHD), and is part of a range of conditions that include autistic-spectrum disorders.
123Next page »China and Vietnam battle lethal pig disease
China has reported losing or culling over 600,000 pigs with blue-ear disease —porcine reproductive and respiratory syndrome — since mid-2006 when this strain first appeared. Vietnam began reporting cases in March this year.
Blue-ear disease weakens the infected pig's immune system. Adult animals often survive, but piglets frequently die from secondary bacterial infections, which can turn ears blue.
But sows and piglets are dying in the current outbreak. A group from the Institute of Microbiology in Beijing have described a genetic variation in the virus that they believe may be responsible for its increased deadliness.
Some media outlets have accused China of not sharing virus samples, but the Food and Agriculture Organization (FAO) in Beijing says this is premature, stating that it has not yet asked the Chinese government for samples or permission to investigate the outbreak, but intends to make a request soon.
The Vietnamese government has already requested assistance from the FAO after outbreaks increased in June and July. Samples are currently being analysed in US-based laboratories.
Link to full article in Science
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Perigo no ar: novos testes revelam milhares de químicos potencialmente nocivos a mais
por David Biello para SciAmerican
O inseticida DDT é infame por ser transmitido na cadeia alimentar e, entre outros males, fazer com que a casca dos ovos das águias carecas fique fina como papel. O carcinogênico entra na cadeia alimentar em concentrações baixas mas, devido à capacidade de se esconder em moléculas de gordura, chega a concentrações cada vez mais altas (um processo chamado biomagnificação), passando de algas para larvas e então dos peixes para águias – o que levou à sua proibição nos Estados Unidos em 1972.
No entanto, uma parte importante da “rede de ar” da Terra foi deixada de lado: os animais que respiram, de roedores a seres humanos. Um novo estudo mediu a facilidade com que substâncias químicas saem dos pulmões para o ar em comparação à facilidade com que elas são dissolvidas em gorduras e água. A pesquisa, publicada na Science, revela que milhares delas têm a capacidade de se acumular em animais que respiram ar – e talvez também naqueles que “respiram” água.
Um grande número de substâncias químicas solúveis em água não se dissolve tão bem no ar, se acumulando “especificamente em cadeiras alimentares não-aquáticas: mamíferos, pássaros e seres humanos”, explica o chefe da pesquisa, Frank Gobas, da Simon Fraser University, na Columbia Britânica.
Gobas e sua equipe estudaram cerca de 12 mil substâncias químicas sob revisão do governo canadense para determinar seus efeitos sobre o ambiente e a saúde, e descobriram que um terço delas pode se acumular em animais que respiram ar. Por exemplo, o pesticidade lindano, usado tanto na agricultura como no tratamento de piolhos em humanos, não se acumula em peixes, mas se concentra nos lobos canadenses que se alimentam de caribu – que, por sua vez, come liquens. “Cerca de um terço desses químicos comerciais usados hoje agora pertencem ao grupo dos potencialmente biomagnificadores”, diz Gobas. “No Canadá, são de três a quatro mil químicos, mas nossa lista é pequena comparada aos usados nos Estados Unidos e União Européia”.
A contagem total de químicos poderia chegar a 10 mil no mundo todo, afirma Gobas. Mas ele explica que a maioria, se não todos, se provará benigna porque muitos podem ser quebrados por processos celulares. Infelizmente, esse metabolismo ainda é, em boa parte, um mistério. “Não somos muito bons para prever ou medir a rapidez com que os químicos são quebrados pelos organismos”, ele admite. “Não existem informações sobre esse processo em relação a até 90% das substâncias químicas no mercado, o que é um grande problema”.
Os químicos potencialmente perigosos vão de pesticidas àqueles usados em perfumes e tecidos. Compreender como os processos celulares os decompõem é o próximo passo mais importante. “Daqui a muito anos, esperamos poder relacionar os níveis de transformação metabólica à natureza física e química das substâncias”, diz Gobas, “Com base nessa estrutura, gostaríamos de estimar melhor os níveis metabólicos e assim a capacidade de bioacumulação”. Enquanto isso, ele afirma, pode ser uma boa idéia testar o potencial de bioacumulação das substâncias químicas tanto no ar quanto na água.
A intrigante comunicação das bactérias
por Marguerite Holloway para SciAmerican
É de manhã bem cedo e Bonnie L. Bassler atravessa o campus da Princeton University. Ela vem direto da aula de aeróbica que dá toda manhã, às 6:15 - "Levanto exatamente às 5:42, nem um minuto antes, nem um minuto depois", diz, enfática. Bassler fala quase tudo com a mesma energia, e, quando a conversa passa para seu trabalho, ela fica, se é que isso é possível, ainda mais dinâmica. "Não fui feita para ficar parada no tempo", ri. "Fui feita para ser um furacão."
Bassler - professora de biologia molecular, ganhadora de um prêmio em 2002 pela MacArthur Foundation, e ocasionalmente atriz, dançarina e cantora - tem 41 anos e estuda as bactérias e o modo como elas se comunicam entre si e com outras espécies. O "quorum sensing", como o fenômeno é chamado, algo como percepção de quórum, é uma ciência jovem. Até há bem pouco tempo ninguém imaginava que as bactérias conversassem entre si, muito menos de um modo capaz de alterar seu comportamento. Bassler tem tido um papel fundamental na rápida ascensão dessa área. Ela decifrou alguns dos dialetos - mecanismos genéticos e moleculares que diferentes espécies usam - mas é mais conhecida por ter identificado o que pode ser uma linguagem universal compartilhada por todas as espécies, algo a que ela se referiu, bem-humorada, como "esperanto bacteriano".
Como o nome sugere, o quorum sensing descreve como cada bactéria percebe quantas outras há nas redondezas. Se há presença suficiente (quórum), elas podem pôr mãos à obra imediatamente ou decidir "enrolar" mais um pouco. Milhões de bactérias luminescentes são capazes de decidir emitir luz ao mesmo tempo para que seu hospedeiro, uma lula, por exemplo, brilhe - talvez para distrair predadores e fugir. Ou bactérias salmonela podem resolver esperar até que seus batalhões estejam organizados antes de liberar uma toxina que faça o hospedeiro adoecer; se agissem como assassinos independentes, em vez de atuarem como exército, o sistema imunológico provavelmente as eliminaria. Pesquisadores mostraram que as bactérias também usam o quorum sensing para formar a placa bacteriana sobre os dentes, corroer cascos de navios e controlar a reprodução e a formação de esporos.
Se realmente for assim, as implicações são enormes. O quorum sensing nos remete à evolução. Talvez as primeiras bactérias tenham se comunicado, depois se organizado de acordo com diferentes funções e, finalmente, formado organismos complexos. De forma mais prática, o quorum sensing dá à medicina uma nova estratégia: se destruirmos o sistema de comunicação de bactérias perigosas, como o enterococo resistente a antibióticos, talvez elas não consigam organizar seu ataque com eficiência. Nas palavras de Bassler, "você tanto pode torná-las surdas como mudas".
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Video: Contaminação por mercúrio
O que isso causa em você e como você foi intoxicado, você sabia que os peixes tem a maior concentração de mercúrio dentre todos os alimentos?
Clique nessa matéria da CNN aqui.
Effects of Fast Food Branding on Young Children's Taste Preferences
A new study in the Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine indicates that the annual $10 billion the food and beverage industry is spending on advertising foods to kids is working alarmingly well. The study found that four out of five kids preferred the flavor of foods served in McDonalds packaging as compared to the exact same foods served in packaging without the McDonalds brand.
By the time they are two years old, children may already have beliefs about certain brands, and by the age of six they can recognize brands and specific brand products. Not surprisingly, the study found that kids with more televisions in the home had stronger preferences for brands.
The authors suggested this study strengthened the justification for tighter regulation or banning of advertising and marketing of high calorie, low nutrient food and drink, and perhaps a ban on all marketing that is aimed at young children.
read more (Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine)
Gordura trans: a vilã do momento
Os ácidos graxos trans são formados, principalmente no processo de hidrogenação industrial, e é o resultado na mudança da posição dos hidrogênios das duplas ligações dos ácidos graxos insaturados cis. Esta mudança, posicionando os hidrogênios em lados opostos nas duplas ligações dos ácidos graxos trans, é a responsável pela diminuição da fluidez e no aumento no ponto de fusão, em comparação aos ácidos graxos cis correspondentes.
Mas o que essa gordura tem de tão prejudicial? A partir de diferentes estudos, epidemiológicos ou laboratoriais, é visível que a presença deste tipo de gordura na dieta é a responsável por alterações metabólicas. Avaliações epidemiológicas demonstram que a presença de elevados teores de ácidos graxos trans na dieta está relacionada com o aumento de problemas circulatórios. Nos Estados Unidos, os números preocupam. Estimativas apontam de que os ácidos graxos trans, provenientes de óleos industrialmente hidrogenados, podem ser os responsáveis por 30.000 a 100.000 mortes por ano, resultantes de problemas coronarianos.
O que se sabe também é que os ácidos graxos trans no tecido adiposo estão associados com o aumento da freqüência das cardiopatias e com a alteração da razão entre as lipoproteínas LDL (mau): HDL (bom) colesterol, podendo provocar infartos, derrames e outras doenças. O nível de consumo dos ácidos graxos trans está intimamente associado com a presença nos eritrócitos e relacionado com o aumento da razão entre as lipoproteínas LDL: HDL colesterol. Os nomes podem parecer complicados, mas os efeitos são degradantes e a preocupação chega em todas as esferas. Os resultados das pesquisas laboratoriais e epidemiológicas, realizadas com os ácidos graxos trans, levaram as entidades governamentais de diversos países a estabelecer limites no consumo de ácidos graxos trans nas recomendações nutricionais.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) recomenda que o consumo diário de ácidos graxos trans deve ser menor do que 1% das calorias ingeridas. Isto significa que uma pessoa que necessita de 2000 kcal/dia deve consumir menos de 20 kcal representadas por ácidos graxos trans, as quais correspondem a aproximadamente 2,2 gramas. Ainda, através da Resolução RDC nº 360, obrigou a partir de 31 de julho de 2006 o registro da quantificação dos ácidos graxos trans nos rótulos dos alimentos. Estas medidas têm como objetivo alertar a população brasileira dos riscos à saúde induzidos pelo consumo elevado de ácidos graxos trans.
Nos Estados Unidos, no final do ano passado, o Departamento de Saúde da Cidade de Nova Iorque estabeleceu que todos restaurantes, não podem utilizar margarinas, óleos e "shortening" que contenham mais de 0,5g de ácidos graxos trans. E a partir de julho de 2008, devem retirar do cardápio os alimentos que excedam este limite.
Enquanto estes assuntos são pautas diárias em congressos, salas de aula e nas páginas de jornais e revistas, o melhor a fazer é procurar os produtos que possuem a menor taxa de gordura trans. Sua saúde agradece.
Por Jorge Mancini Filho
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Futuro da comida?
By Jess Halliday
24/08/2007 - Chr Hansen regards nutrigenomics as technology to underlie the food industry's future away from one-size-fits-all nutrition, and has placed exploration of this area high-up on its R&D agenda.
The Danish company, which is active in cultures and enzymes (for healthy and technical food use), and colours and flavours, unveiled a plan to explore nutrigenomics as part of an announced ten per cent increase in its R&D budget for 2007/8 to around €30m.
This figure relates to spending across the company as a whole, but a firm emphasis will be on how ingredients can contribute to combating the swell of lifestyle-related diseases like obesity, diabetes and heart disease.
Nutrigenomics is described as the study of how food, genes and lifestyle interact.
Chr Hansen does not have its own internal nutrigenomics research programme, executive vice president of R&D Peter Olesen told FoodNavigator.com, since the knowledge base is still at a relatively early stage. Rather, the company is funding projects conducted by partners and building links with other groups exploring the area.
Olesen notes that some companies say they are already active in nutrigenomics on a commercial scale. But he does not view nutrigenomics as a product category in itself, but rather as supporting technology for the development of foods of greater nutritional value, and of functional foods.
The current trend, he said, is away from the mass market and towards products that are more closely matched to nutritional requirements.
In terms of health conditions, Olesen said that a "stronghold" of the company's research is in immune health and how probiotics can reduce infections and counter inflammation involved in metabolic syndrome.
"In this area Chr Hansen will continue to break new ground and pioneer product developments."
The company has also underscored the core of its approach to innovation as finding solutions that address its customer's specific needs.
Olesen said that the company's internal R&D gives it a strong platform in probiotic genomics - that is, genomic variations in lactic acid bacteria. Chr Hansen's customers "require and value" that research as it directly relates to their business areas.
Building on this, he said: "Nutrigenomics is the genomics of you and me."
In June, Chr Hansen announced that it has teamed up with researchers from Denmark and Japan in an effort understand the genetic make-up of bacteria and see whether this knowledge can be used to improve probiotic food products.
The scientists are using bioinformatics, using complicated mathematical models and statistics, to analyse the bacteria.
Martin Pedersen, group leader of the genomics team for the company, said that involvement in this project gives the company access to state-of-the-art bioinformatics methods, and it is hoped that even more advanced methods will be developed within the four-year duration of the project.
Disseminação de doenças é recorde, diz ONU
Agosto 23, 2007
Novas enfermidades estão surgindo "com mais rapidez do que nunca", afirma relatório da Organização Mundial da Saúde. Mundo atual tem pelo menos 40 doenças que eram desconhecidas pela geração passada, segundo o informe sobre a situação da saúde pública mundial de 2007, lançado nesta quinta (23). Por Gustavo Barreto
A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou na última quinta-feira, dia 23 de agosto, o informe sobre a saúde no mundo de 2007, com o título Un porvenir más seguro: protección de la salud pública mundial en el siglo XXI ("Um futuro mais seguro: proteção da saúde pública mundial no século XXI"). A OMS considera o documento "um marco na história da saúde pública mundial" e potencialmente "um dos maiores avanços realizados em meio século para alcançar a seguridade sanitária".
A publicação expõe alguns riscos crescentes que correm pelo mundo, como a emergência de enfermidades, epidemias, acidentes industriais, desastres naturais e outras emergências de saúde que podem converter-se rapidamente em ameaças para a segurança sanitária mundial. O informe explica que o Regulamento Sanitário Internacional revisado (2005), em vigor a partir deste ano, dá suporte para que os países colaborem para identificar os riscos e atuar de modo a contê-los e controlá-los.
O Regulamento é necessário porque nenhum país, independentemente de sua capacidade ou riqueza, pode proteger-se de emergências sanitárias e dos demais riscos sem a cooperação de outros países. O informe assinala que um futuro mais seguro é possível e que constitui tanto uma aspiração coletiva como uma responsabilidade recíproca.
Você pode acessar o informe "Um futuro mais seguro: proteção da saúde pública mundial no século XXI" - em inglês, francês e espanhol - pelo site:
http://www.who.int/whr/2007/es/index.html
Idade cronológica X idade biológica
Hoje em dia encontramos pessoas que aparentam mais idade do que realmente têm e também o contrário, pessoas com menos idade do que o real, surgindo um questionamento em cima desses fatos. Uns envelhecem mais rápido e outros mais lentamente, dependendo da hereditariedade e do meio em que vivem. Quando escutamos relatos de doenças que tinham uma relação com a idade, tais como hipertensão arterial, derrame cerebral, infarto do miocárdio, entre outras, acontecerem em diferentes etapas da vida, podemos chegar à conclusão que a verdadeira idade de uma pessoa não é medida em números de anos transcorridos desde o nascimento (idade cronológica) e sim de uma idade interna. Desta forma tais doenças e também a saúde dependem mais da idade biológica do que da cronológica.
A idade biológica está relacionada com o corpo e sua vulnerabilidade mediante a sinais críticos e seus processos celulares.
A sobrevida máxima que um indivíduo pode ter é de aproximadamente 120 anos, que é o tempo que o fenômeno natural do crescimento, maturidade e do envelhecimento levam para se desenvolverem, isso se o meio em que vive for adequado. Caso isso não aconteça à duração cronológica é reduzida.
Com o passar de cada ano a idade fisiológica necessariamente não aumenta um ano, ela pode acrescentar muito mais que isso, pois o tempo biológico é diferente do tempo físico. Para alguns estudiosos o envelhecimento não é meramente o efeito acumulativo de doenças crônicas individuais e sim uma síndrome de identidade bioquímica e fisiológica, portanto passível de ser quantificada. Esta quantificação em forma de idade biológica não deve se concentrar apenas nas pessoas idosas, ela deve fazer parte de um procedimento habitual clínico e deve ser acompanhado desde os primeiros anos de vida, para que possamos ter tempo físico de agir preventivamente e assim melhorarmos a qualidade de vida enquanto envelhecemos.
É importante o conhecimento do poder que cada um de nós tem em modular nossa expressão genética e otimizar nossas funções orgânicas, com isso retardar o máximo o envelhecimento que nada mais é, que a perda progressiva de reserva funcional associada a maior incidência de processos patológicos.
"Quase todas as características associadas ao envelhecimento podem ser moduladas por fatores nutricionais, estilo de vida e ambientais". (Bland. J. S. Phd).
Um programa de vida para atingirmos a longevidade com vitalidade positiva focaria numa excelente hidratação e alimentação, comendo com qualidade, dando prioridade a frutas, legumes, verduras e fibras no seu cardápio diário. Depois uma boa noite de sono, pois nesse momento o organismo renova várias células (regeneração do DNA mitocondrial). A exposição à luz solar por pelo menos uma hora também vai ajudar, entre outras funções, a estimular a produção de serotonina. Cuidar do intestino deve ser incluído nesse programa para que não haja um desequilíbrio da microbiota intestinal e aumento da permeabilidade, comprometendo a absorção de nutrientes e entradas de toxinas na circulação sanguínea.
Procurar se manter ativo seja com exercício físico e/ou ler, estudar, meditar, passear também faz parte, sendo esses procedimentos, grandes aliados na busca da tão sonhada longevidade.
Fonte: Andrezza Botelho para Nutconsult
OMS alerta para aumento do risco de epidemias globais
Doenças infecciosas estão se propagando mais depressa do que nunca, de acordo com o relatório anual da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com cerca de 2,1 bilhões de pessoas viajando de avião todos os anos, há um grande risco do surgimento de outras grandes epidemias como Aids, Sars ou febre de Ebola.
A OMS pede mais esforços para combater surtos de doenças e que sejam compartilhados dados sobre vírus para ajudar a desenvolver vacinas.
Em um relatório intitulado Um Futuro Mais Seguro, a entidade diz temer que a falta de ação no combate aos surtos possa ter um impacto devastador sobre a economia global e a segurança internacional.
Segundo a OMS, novas doenças estão surgindo em um ritmo "historicamente sem precedentes" de uma por ano.
Desde a década de 70, 39 novas doenças se desenvolveram e, só nos últimos cinco anos, a OMS identificou mais de 1,1 mil epidemias, incluindo cólera, pólio e gripe aviária.
"Seria extremamente ingênuo e complacente pensar que não haverá uma outra doença como a Aids, uma outra Ebola e outra Sars, mais cedo ou mais tarde", diz o relatório.
Compartilhar dados médicos, habilidades e tecnologia entre nações ricas e pobres é "uma das rotas mais viáveis" para segurança sanitária, afirma.
A OMS está envolvida em uma disputa com a Indonésia em relação a amostras do vírus H5N1, que provoca a gripe aviária.
O governo indonésio se recusa a compartilhar suas amostras com a OMS em meio a temores de que empresas farmacêuticas usem esses vírus para fabricar vacinas que sejam caras demais para aquisição pela Indonésia.
A China só começou a compartilhar suas amostras de H5N1 em junho.
O relatório da OMS também pede aos governos que sejam mais transparentes em relação a surtos de doenças, dizendo que quase a metade de todos os alertas que recebe chegam pela imprensa.
Resistência a medicamentos também representa uma ameaça para o controle de doenças, de acordo com a OMS, que culpa o mau uso de antibióticos e tratamento médico ruim pelo problema, destacando o caso da tuberculose.
Na introdução do relatório, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, disse que a cooperação é crucial para combater surtos.
"Dada a vulnerabilidade universal de hoje a estas ameaças, a melhor segurança é a solidariedade global", afirmou Chan.
"Segurança internacional de saúde pública é tanto uma aspiração coletiva quanto uma responsabilidade mútua."
Brasil, Argentina, Canadá, México, Peru e Estados Unidos são mencionados como exemplos de países que já criaram Centros de Operação de Emergência que os permitirão concentrar informações sobre epidemias e coordenar uma resposta a uma situação real ou potencial de emergência sanitária.
O Brasil também é mencionado como o primeiro país em desenvolvimento a fornecer terapia antiretroviral para a Aids através de seu sistema público de saúde.
Fonte: BBC brasil
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
RESOLUÇÃO CFN Nº 402, DE 30 DE JULHO DE 2007
DOU 06.08.2007
Regulamenta a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas, e dá outras providências.
O Conselho Federal de Nutricionistas, no exercício das competências previstas na Lei n° 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto n° 84.444, de 30 de janeiro de 1980 e no Regimento Interno aprovado pela Resolução CFN n° 320, de 2 de dezembro de 2003, e tendo em vista o que foi deliberado na 186ª Sessão Plenária, Ordinária, realizada nos dias 16 e 17 de junho de 2007; e CONSIDERANDO que a fitoterapia tem grande interface com a Nutrição e que as plantas medicinais têm finalidades terapêuticas, bioativas e em alguns casos funções nutricionais evidenciadas cientificamente por estudos específicos; CONSIDERANDO que órgãos internacionais, em especial a Organização Mundial de Saúde vêm reconhecendo, valorizando e incentivando o uso de plantas medicinais e fitoterápicos dentro dos serviços públicos de saúde; CONSIDERANDO que a II Conferência de Segurança Alimentar e Nutricional realizada em 2004, ratificou o valor das plantas medicinais e fitoterápicos na saúde da população; CONSIDERANDO o reconhecimento crescente do Ministério da Saúde e o uso da Fitoterapia nas áreas de plantas medicinais e fitoterápicos, nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS em diversos Estados e Municípios; CONSIDERANDO a Portaria do Ministério da Saúde nº 971, de 03/05/2006, que aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS, que inclui plantas medicinais e fitoterapia com um caráter de atuação multidisciplinar no SUS; CONSIDERANDO o Decreto Presidencial nº 5.813, de 22/06/06, que aprova a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e dá outras providências; CONSIDERANDO que o uso das plantas medicinais e fitoterápicos deve se dar de forma segura e eficaz, buscando promover o uso sustentável da biodiversidade brasileira; CONSIDERANDO as informações levantadas e avaliadas pelo Conselho Federal de Nutricionistas sobre o tema desde julho de 2002, com a criação, em janeiro de 2004, do Grupo Técnico Nacional de Terapias Complementares, que inclui a fitoterapia; CONSIDERANDO que a prática da prescrição das plantas e drogas vegetais constitui estratégia complementar à prescrição dietética elaborada pelo Nutricionista; CONSIDERANDO o art. 2º , o inciso VI do art. 6º e os incisos IV e X do art. 7º , da Resolução CFN n° 334/2004, que dispõe sobre o Código de Ética do Nutricionista;
CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a prática da prescrição fitoterápica, para uma atuação ética e a qualidade na prestação de serviços individuais ou coletivos; RESOLVE:
Art. 1º Regulamentar a prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas, ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas.
Art. 2º Considera-se para os fins desta Resolução as seguintes definições: Fitoterapia: terapêutica caracterizada pelo uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal.
Fitoterápico: é o produto obtido empregando-se exclusivamente matérias-primas ativas vegetais, caracterizado pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. Sua eficácia e segurança é validada através de levantamentos etnofarmacológicos de utilização, documentações tecno-científicas em publicações ou ensaios clínicos fase 3.
Plantas Medicinais: todo e qualquer vegetal que possui, em um ou mais órgãos, substâncias que podem ser utilizadas com fins terapêuticos ou que sejam precursores de fármacos semi-sintéticos. Droga Vegetal: planta medicinal ou suas partes após processo de coleta, estabilização e secagem, podendo ser íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada. Pós: plantas cortadas e depois moídas. Os pós devem ser empregados na obtenção de extratos ou algumas vezes podem ser usados como tal. Infuso: preparação extrativa que resulta do contato da planta com água fervente. Indicado para folhas e flores. Decocto: preparação extrativa onde os princípios ativos são extraídos com água até a ebulição. Mais indicado para raízes, cascas e rizomas. Macerado: Preparação extrativa realizada a frio, que consiste em colocar a parte da planta dentro de um recipiente contendo água, álcool ou óleo. Ao fim do tempo previsto, filtra-se o líquido. Nomenclatura botânica: gênero e espécie. Extratos: São preparações líquidas, sólidas ou semi-sólidas obtidas pela extração de drogas vegetais frescas ou secas, por meio líquido, extrator adequado, seguida de uma evaporação total ou parcial e ajuste do concentrado a padrão previamente estabelecido. Tintura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta seca na proporção de 20% (vinte por cento). Alcoolatura: extração hidroalcóolica, onde se utiliza sempre a planta fresca na proporção de 50% (cinqüenta por cento).
Art. 3º A Prescrição Fitoterápica é parte do procedimento realizado pelo Nutricionista na prescrição dietética que deverá conter, obrigatoriamente:
I - nomenclatura botânica, sendo opcional o nome popular;
II - parte usada;
III - forma farmacêutica/modo de preparo;
IV - tempo de utilização;
V - dosagem;
VI - freqüência de uso;
VII - horários.
Parágrafo único. As formas farmacêuticas permitidas para o uso pelo profissional nutricionista são exclusivamente as de uso oral, tais como:
I - infuso;
II - decocto;
III - tintura;
IV - alcoolatura;
V - extrato.
Art. 4º O Nutricionista terá total autonomia para prescrever os produtos objetos desta Resolução, quando julgar conveniente a necessidade de complementação da dieta de indivíduos ou grupos, atuando isoladamente ou como membro integrante de uma equipe multiprofissional de saúde.
Parágrafo Único. O Nutricionista, quando integrante da equipe multiprofissional de saúde, poderá contribuir com orientações técnicas para a utilização de produtos fitoterápicos sob prescrição médica, no que se refere às possíveis interações entre estes produtos e os alimentos, bem como no melhor aproveitamento biológico da dieta prescrita.
Art. 5º O Nutricionista, quando prescrever os produtos objetos da presente Resolução, deverá fazê-lo recomendando os de origem conhecida, quando industrializados, com rotulagem adequada às normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, e, quando in natura, que o consumidor observe as condições higiênico-sanitárias da espécie vegetal prescrita.
Art. 6º O Nutricionista não poderá prescrever aqueles produtos cuja legislação vigente exija prescrição médica.
Art. 7º O Nutricionista somente poderá prescrever aqueles produtos que tenham indicações terapêuticas relacionadas ao seu campo de conhecimento especifico.
Art. 8º O Conselho Federal de Nutricionistas recomenda que o Nutricionista, que optar por utilizar em suas prescrições os produtos objetos desta Resolução, seja devidamente capacitado. Art.
Art. 9º Os casos omissos nesta Resolução serão resolvidos pelo Plenário do Conselho Federal de Nutricionistas.
Art. 10. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
NELCY FERREIRA DA SILVA - Presidente do Conselho
terça-feira, 21 de agosto de 2007
08 de Agosto: Dia Nacional de Combate ao Colesterol
É importante esclarecer que o colesterol, em si, não é uma doença. O colesterol é uma substância importante para a saúde, porque é usada na formação da membrana das células do corpo e de alguns hormônios. O colesterol é produzido pelo nosso organismo, mas também podemos ‘adquiri-lo’ por meio da ingestão de alimentos gordurosos. Segundo Ellen Paiva, a maior parte do colesterol é fabricada pelo próprio corpo, cerca de 70%, no fígado, enquanto 30% provêm da alimentação. “Existem pessoas que já nascem geneticamente predispostas a serem grandes produtoras dessa molécula. Se elas conseguissem eliminar todo o colesterol de suas dietas, ainda não resolveriam o problema do colesterol alto e precisariam de medicação para fazer este controle”, explica.
Dentre os muitos elementos envolvidos no controle do colesterol, o equilíbrio entre medicação, dieta e exercícios fazem toda a diferença na vida do paciente. A seguir, a diretora clínica do Citen fornece mais informações sobre a importância do controle do colesterol.-
A partir de que idade o controle do colesterol deve passar a ser uma preocupação?
Ellen Paiva - Pessoas sadias sem nenhuma alteração precedente, nem história familiar da doença, sem parentes que tenham implantado pontes de safena, feito angioplastia ou sofrido infarto devem medir os níveis basais de colesterol aos 35, 40 anos. No entanto, pessoas com histórico familiar de doença aterosclerótica (os infartados, que já foram operados e os que fizeram angioplastia) precisam de análise precoce, entre os 15 e os 20 anos. A presença de obesidade já indica a dosagem do colesterol em qualquer idade, inclusive na infância.
- Qual a diferença entre o colesterol ruim e o colesterol bom?
Ellen Paiva – Hoje, sabemos que o colesterol total é composto por várias frações: o HDL, o LDL e o VLDL colesterol. O HDL é o colesterol protetor, quer dizer, seus índices elevados se associam à mais baixa incidência de doenças cardiovasculares. Geralmente é geneticamente determinado, mas sofre influência positiva de todas as atitudes saudáveis como a prática de atividade física, a perda de peso, a interrupção do fumo. Infelizmente, ainda não temos medicamentos efetivos e seguros que aumentam os níveis de HDL. Atualmente, a indústria de medicamentos tem investido muito em pesquisas, à procura de uma droga com o potencial de elevar esse colesterol protetor. O LDL é a fração mais perigosa do colesterol. Ela é responsável pela formação das placas que obstruem as artérias e levam ao infarto ou ao derrame. É sobre essa fração do colesterol que agem as drogas mais potentes na prevenção dos acidentes vasculares, as estatinas. Essas drogas bloqueiam a produção endógena de colesterol e conseguem manter seus níveis sangüíneos bem baixos, como desejado nos pacientes de risco, como os diabéticos e naqueles que já apresentaram um evento cardiovascular anterior. O VLDL colesterol é uma fração calculada a partir da dosagem dos triglicérides. Logo, o VLDL é uma fração que revela os níveis de trigliocérides mais do que os de colesterol.
- Por que o colesterol alto é um inimigo da saúde?
Ellen Paiva - Os vilões da saúde, causadores da elevação das taxa de colesterol são os hábitos pouco saudáveis de alimentação. Mas o problema é quando o colesterol circula em excesso pelo organismo e acaba estacionando nas paredes das artérias, obstruindo-as, contribuindo assim, para o surgimento de uma doença conhecida por arteriosclerose. Existe também uma predisposição genética para a doença - que combinada com o fumo, o estresse, a vida sedentária e a pressão alta - pode levar à doença. As conseqüências da arteriosclerose são perigosas: ela pode causar invalidez precoce, infartos, derrames e pode levar o indivíduo a morte.
- Existem sintomas evidentes que demonstram a alta da taxa do colesterol?
Ellen Paiva - Não, muitas vezes, o indivíduo só vai saber que tem a doença tarde demais, quando um vaso sangüíneo sofre obstrução. A má circulação do sangue, causada pelo acúmulo de gordura nas artérias, prejudica a oxigenação do organismo como um todo. Os sintomas dependem do órgão afetado pela obstrução da artéria. Daí, surgem os sintomas da isquemia como a angina, que é o prenúncio do infarto. Nos idosos, há alguns sinais que podem indicar o problema: perda de memória, falta de atenção, dormir e acordar enquanto está conversando, dor nas pernas ao andar.
- Qual o tratamento indicado para a arteriosclerose?
Ellen Paiva - Existem remédios para controlar o colesterol alto, mas a arteriosclerose só melhora com uma mudança significativa no estilo de vida. O ideal é a prevenção. Reduzir o estresse, praticar exercícios físicos, interromper o fumo, manter a pressão arterial estável e o peso sob controle são fundamentais. As pessoas que tem diabetes devem ficar mais atentas para o surgimento da doença, pois neles ela é muito mais freqüente do que na população em geral.
- E além da orientação nutricional, quais os medicamentos empregados para o controle do colesterol?
Ellen Paiva - A descoberta das estatinas revolucionou o tratamento medicamentoso do colesterol, pois, algumas vezes, a dieta não possibilita ao paciente o alcance de um perfil normal de gorduras no sangue, devido a alterações no seu organismo. Nesses casos específicos, só a dieta não basta. As drogas à base de estatina têm um efeito redutor do colesterol, além de benefícios reais na prevenção e no tratamento das placas de gordura, responsáveis pelo surgimento da arteriosclerose. Entretanto, devem ser utilizadas apenas com supervisão médica, pois apresentam contra-indicações e a possibilidade de efeitos colaterais sérios.
- Quais as formas de prevenção à doença?
Ellen Paiva - Quem tem predisposição genética deve procurar manter hábitos de vida saudáveis, evitando o fumo, controlando o colesterol e a pressão. Somando-se a esses esforços, o paciente deve seguir uma dieta saudável para alcançar e manter o peso ideal e reduzir a taxa de colesterol.
- É recomendável a eliminação completa das gorduras da alimentação para fazer o controle do colesterol?
Ellen Paiva - A gordura é a parte mais saborosa dos alimentos. Diferentemente do açúcar, que pode ser substituído pelos adoçantes, muitas vezes, sem alterar o sabor dos alimentos, a gordura não tem um substituto à altura. Sempre que reduzimos as gorduras de nossos alimentos, reduzimos também um pouco do sabor desses alimentos. Isso acontece com as carnes, molhos, sopas, cozidos e refogados. Mas vale a pena tentar trocar o bacon pelo alho, abusar da cebola e de alguns condimentos como o gengibre, trocar a maionese pelo queijo cottage ou pelo molho de iogurte. Podemos fazer muito para reduzir o colesterol da dieta, sem sacrificar o sabor das refeições.
Orientações nutricionais para controle do colesterol:
1) Alterar todo o consumo de leite e derivados para as versões desnatadas. Na corrida da indústria alimentícia para atender a demanda de alimentos nutritivos, menos calóricos e com sabor agradável, o leite e seus derivados estão bem adiante. Os leites e iogurtes desnatados, os queijos magros e com baixo teor de colesterol, as margarinas sem gordura trans hidrogenadas e com adição de fitosteróis, as maioneses sem colesterol têm chegado ao mercado atendendo essa demanda de sabor e nutrição, com baixas calorias;
2) Aumentar o consumo de fibras solúveis, uma vez que são benéficas ao metabolismo em geral e ao das gorduras, em especial;
3) Reduzir o consumo de carne vermelha e de proteína animal, porque geralmente estes alimentos são consumidos acima das recomendações médicas (20% do valor calórico total ou em torno de 0,8-1,0g de proteína/kg/dia). O hábito do brasileiro de organizar um churrasco, a cada final de semana, faz das carnes vermelhas as grandes fontes de colesterol;
4) Evitar o consumo de camarão, frutos do mar e vísceras como fígado;
5) Diminuir o consumo dos ovos, pois uma gema de ovo de galinha contém, em média, 300mg de colesterol, quantidade máxima recomendada de ingesta de colesterol para um dia inteiro. Sorvetes, doces gordurosos e bolos que levam ovos e manteiga em suas receitas também são ricos em colesterol.
Fonte: Citen
Glúten vira cola no intestino e provoca diversas complicações
Muito desses problemas de saúde são em decorrência na mudança de cardápio dos brasileiros que passaram a comer em excesso alimentos ricos em glúten como pães, biscoitos, macarrão e bolos. Hoje até queijos embutidos vem com a substância. A nutróloga Clara do Brandão, do Ministério da Saúde, alerta para a criação de uma soberania alimentar. “Mandioca, milho e arroz no lugar do trigo importado, que faz tanto mal a saúde”, disse.
O corpo responde de diversas maneiras: obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio, alergias, diarréias e doenças auto-imunes. O nutrólogo João Curvo conta que os chineses consideram o excesso de glúten sinal de má higiene interna já que o metabolismo emperra, favorecendo bactérias que gostam de calor e estagnação.
A dieta sem glúten é moda nas academias pois o emagrecimento e a redução de gordura na área abdominal é comprovada. Muita gente está incluindo na alimentação pães de aipim e de milho, macarrão de arroz e cookies de soja. O nutricionista Leonardo Haus está recomendando a dessensibilização ao glúten. Trata de um período de três meses no qual não se pode comer os quatro cereais que contêm o glúten - trigo, centeio, cevada e aveia. “A idéia é uma reeducação alimentar. Você pode comer um pãozinho mas o excesso pode alterar todo o seu metabolismo, baixar a imunidade do organismo e levar doenças. Mas é bom lembrar que nem todo obeso tem essa intolerância alimentar”, explica.
Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria é a afirmação de especialistas da área nutricional. As dificuldades no começo da dieta podem aparecer por isso uma boa dica para ter o sucesso esperado é a ingestão constante de frutas, que além de leves são nutritivas e de baixa caloria. Outro fator importante é procurar no mercado alimentos produzidos com boa qualidade.
Pessoas alérgicas aos efeitos do glúten estão agindo de maneira mais radical e submetendo-se a colonterapia. Um procedimento de lavagem do intestino grosso que faz circular de 40 a 50 litros de água provocando uma limpeza geral. Um dado interessante: os alimentos em geral levam 18 horas da mastigação até a eliminação pelo reto. Alimento com o glúten leva 26 horas. Consumido em excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismo e promovendo a disbiose, que é a alteração da flora normal, com fermentação e retenção de líquidos. Podendo ocorrer uma série de doenças articulares, auto-imunes e depressão. Depois da colonterapia, o intestino volta a produzir o neurotransmissor da alegria – serotonima.
Ainda existem casos que as pessoas tem uma intolerância genética ao glúten, os celíacos. Pesquisas indicam que um em cada 300 brasileiros são portadores da doença. O diagnóstico é difícil pois é uma doença pouco conhecida no Brasil. Se o glúten é estritamente proibido para os celíacos, as pessoas que não sofrem do problema não precisam ser tão radicais. Comer um pãozinho de vez em quando está liberado.
Problemas relacionados ao consumo de glúten
· Intolerância alimentar: o glúten é uma cola que adere as paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino. Os primeiros sintomas são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases e retenção de líquidos.
· Obesidade: Com o metabolismo lento não se processa devidamente os alimentos tendo como conseqüência o acúmulo de gordura abdominal.
· Baixa imunidade: afeta o sistema imunológico favorecendo doenças auto-imunes.
· Intoxicação e enxaqueca: o metabolismo estagnado dificulta a eliminação das toxinas elevando o risco de doenças como dores de cabeça e enxaquecas.
· Açúcar: Como o glúten é aliado do açúcar, seqüestrador do cálcio, aumentam os riscos de osteoporose, cáries, ranger de dentes, insônia, hipertensão e colesterol alto.
Fonte: Márcia Cezimbra do O GLOBO.
I Simpósio Internacional sobre Formação para as Políticas e Práticas em Saúde Coletiva
A promoção é do Departamento de Enfermagem em Saúde Coletiva da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Pesquisa e Treinamento em Enfermagem e Saúde Mental.
As inscrições entre os dias 15 de março a 30 de junho tem o custo de R$ 150 (profissionais) e R$ 80 (acadêmicos). Após esta data, fica em R$ 180 (profissionais) e R$ 100 (acadêmicos). O local ainda não foi confirmado.
Informações no e-mail enssecre@usp.br
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Homotoxicologia
21/08 - terça-feira às 20hs - "Homotoxicologia: as toxinas e seus efeitos sobre o organismo humano".
(*) Médico formado pela Faculdade de Medicina da USP em 1976, Presidente da Associação Brasileira de Homeopatia e Homotoxicologia, Vice Presidente da Associação de Hipnose Médica de Sâo Paulo, Orador Oficial da Associação Internacional de Homotoxicologia.
Solicitamos aos Filiados do Instituto que convidem seus Familiares e Amigos e confirmem presença. Vagas limitadas e inscrições antecipadas.
Investimento: R$ 20,00 ( filiados) e R$ 50,00 (convidados).
Informações e reservas: Instituto CKK de Desenvolvimento Humano
Rua Batataes, 602 cj 12 - Fones: (11) 3887-6523
www.ckk.org.br
30 percent of diseases in children result from environment, says WHO
Air and water contaminants, pesticides in food, lead in soil, as well many other environmental threats which alter the delicate organism of a growing child may cause or worsen disease and induce developmental problems. According to WHO, emerging evidence suggests that an increased risk of certain diseases in adults such as cancer and heart disease can result in part from exposures to certain environmental chemicals during childhood.
The vulnerability of children is increased in degraded and poor environments. Neglected and malnourished children suffer the most. One in five children, said the report, in the poorest parts of the world will not live longer than their fifth birthday -- mainly because of environment-related diseases.
Dimensão exata
A nova técnica, que usa um método parecido com o da tomografia computadorizada por raio X, foi descrita na edição de 12 de agosto da revista Nature Methods.
Segundo Michael Feld, diretor do Laboratório de Espectroscopia George R. Harrison, do MIT, a novidade poderá ser usada para a produção das imagens mais detalhadas já obtidas das estruturas internas de células vivas, sem a ajuda de marcadores fluorescentes ou de outros agentes externos de contraste.
“Pela primeira vez, as atividades funcionais de células vivas podem ser estudadas em seu estado natural. Conseguir isso tem sido um sonho pessoal e o objetivo de nosso laboratório há vários anos”, disse Feld, um dos autores do artigo publicado.
Por meio da nova técnica, os pesquisadores fizeram imagens em três dimensões de células de câncer cervical com detalhes das estruturas internas. Também registraram diversos outros tipos de células e o verme modelo para pesquisas Caenorhabditis elegans.
Os cientistas basearam a novidade no mesmo conceito usado para criar imagens de tomografia computadorizada tridimensionais, que permitem o diagnóstico e tratamento de condições médicas. Essas imagens são geralmente produzidas pela combinação de duas imagens bidimensionais em raio X feitas à medida que a fonte de radiação se movimenta em torno do objeto.
“Podemos reconstruir uma representação em 3D de um objeto a partir de múltiplas imagens feitas de múltiplas direções”, disse Wonshik Choi, outro autor do estudo.
“Uma grande vantagem da nova técnica é que ela pode ser usada para estudar células vivas sem qualquer tipo de preparação”, disse Kamran Badizadegan, também autor da pesquisa. Com outros métodos de obtenção de imagens tridimensionais, as amostras precisam ser fixadas quimicamente, congeladas, metalizadas ou envolvidas em outros tipos de processamento de modo a poder fornecer informações estruturais detalhadas.
Como as células não absorvem muita luz visível, os pesquisadores obtiveram as imagens com base em uma propriedade conhecida como índice de refração. Todo material tem um índice refrativo bem definido, que é a medida do quanto a luz tem sua velocidade reduzida ao passar pelo material. Quanto maior o índice, menor a velocidade.
Para obter as medidas de que precisavam, o grupo de Feld empregou interferometria, técnica por meio da qual uma onda de luz, ao passar por uma célula, é comparada com uma onda de referência.
Para chegar às imagens em 3D, os pesquisadores combinaram 100 imagens em duas dimensões feitas a partir de diferentes ângulos. O resultado, segundo eles, consiste essencialmente em mapas dos índices refrativos das organelas celulares. O tempo total de produção das imagens tridimensionais é de 0,1 segundo. A resolução conseguida é de cerca de 500 nanômetros, mas os pesquisadores esperam reduzir em breve para 150 nanômetros.
O resultado final das células de câncer cervical revela o núcleo, nucléolo (estrutura no interior do núcleo) e pequenas organelas no citoplasma. Os pesquisadores trabalham agora para caracterizar melhor as organelas por meio da combinação da nova técnica com microscopia fluorescente e outros métodos.
O artigo Tomographic phase microscopy, de Michael Feld e outros, pode ser lido por assinantes da Nature Methods em www.nature.com/nmeth.
The Toxic Chemistry of Everyday Products
Investigative journalist Mark Schapiro discusses why companies that manufacture hazard-free products for the European Union often produce toxin-filled versions of the same items for America and developing countries.
American industry would have you believe that taking potentially hazardous and toxic chemicals out of everyday consumer products -- removing phthalates from children's toys and cancer-causing coal tar from hair dye -- would damage our economy and result in a loss of American jobs. In his latest book, Exposed: The Toxic Chemistry of Everyday Products, Mark Schapiro busts this myth and reveals the grim fact that some companies, whether American or international, often have two production lines: one that manufactures hazard-free products for the European Union and another that produces toxin-filled versions of the same items for America and developing countries.
Schapiro examines how America, once a leader in environmental protection, came to allow potentially toxic and mutagenic chemicals, banned by the EU, into everyday products. He also looks at how the EU's economy -- almost identical to that of America -- continued to thrive even after these chemicals were banned, essentially "calling the bluff" of the American industry.
Schapiro, an investigative journalist for more than two decades, has built an award-winning track record with a focus on environmental and international affairs. His work has appeared in Harper's, the Nation, Mother Jones, and the Atlantic Monthly. He has also been a correspondent on NOW with Bill Moyers, Frontline/World, and Marketplace.
AlterNet spoke with Schapiro in Berkeley at the Center for Investigative Reporting, where he is currently the editorial director.
Vanja Petrovic: Why did you choose to write this book now?
Mark Schapiro: I've been following the evolution of the European Union for some time now, just because I spent a lot of time working in Europe. I've been both a reporter and an editor in Western Europe as well as Eastern Europe after 1989. And I spent quite a bit of time reporting in and out of the European Union. So, I watched as this entity, called the European Union, evolved into a functioning, powerful political and economic body.
What I think most Americans have missed is that, in the interim, this very powerful political force has emerged within Europe. It has enforced laws from Brussels that are applied now in 27 different countries.
Traditionally, the United States has been the single most powerful economic force in the world -- that's what we've seen until now. Suddenly, the EU has a bigger economy than the United States of America. The EU exports more goods to the rest of the world than the United States of America. The EU has a higher GNP than the United States of America.
Now, I think, we are in a historic period. There's an enormous historic shift that's going on right now. And that shift, when historians look back on this time period, they're going to look at this enormous tectonic shift in international influence and international power. What they're going to see is a kind of dramatically dwindling American influence, and that's partly a result of the foreign policy of the current administration, and it's also partly a result of the sheer, cold economic numbers, in which the United States is no longer the only dominant economic force in the world. That shift has enormous implications, and I think it's one of the biggest untold stories of the 21st century. What I wanted to look at is what the environmental implications of that shift are.
Petrovic: What is the message behind this book?
Schapiro: The environmental battles in the United States have been kind of repeated over 20 years, and it's the same battle over and over with different ingredients. The environmental community says, "Take this chemical out of this because it's dangerous," and the industry says, "One, it's not dangerous, and two, it's not economical, and we'll fall out of business, and Americans are going to lose their jobs." And this goes back and forth over and over again -- it's like Kabuki theater.
So, for the first time what you have is an economic power that's the equivalent of the United States -- it's the equivalent in terms of affluence, in terms of education, in terms of overall sophistication and overall development -- which is saying, "No, we can actually take these particular toxic chemicals out of these products, out of our computers, out of our pajamas, out of our cosmetics, and still be successful as an economy."
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quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Video: Vegetarianismo no Alternativa Saúde
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Riqueza mineral
Agência FAPESP – Uma composição mineral, encontrada em abundância na bacia do rio Parnaíba, no Maranhão, poderá ser empregada para fixar nutrientes em plantas e ajudar pequenos e médios agricultores a aumentar a produtividade e reduzir custos.
Trata-se de uma composição zeolítica, formada principalmente por quartzo, argila esmectita e zeólita sedimentar. Zeólitas são minerais de um grupo abrangente de aluminossilicatos hidratados, geralmente com sódio, cálcio e potássio como elementos principais.
A composição foi analisada e aprimorada com a inclusão de fertilizantes e outros elementos químicos por pesquisadores do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O trabalho gerou um pedido de patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).
Segundo um dos pesquisadores, Fernando de Souza Barros, professor emérito do Instituto de Física da UFRJ, o sedimento mineral zeolítico brasileiro tem as mesmas características dos materiais importados para a fabricação de fertilizantes, especialmente de Cuba e dos Estados Unidos.
“Esse tipo de areia zeolítica sedimentar, encontrada em abundância na bacia do rio Parnaíba, tem o mesmo efeito do material importado, mas, com um custo bem inferior”, disse Souza Barros à Agência FAPESP. “Com o pedido de patente, começamos a desmistificar a necessidade de importação desse material nobre extraído de jazidas vulcânicas.”
Além do baixo custo, que o pesquisador preferiu não precisar, uma vez que tais cálculos serão feitos pelas empresas que deverão comercializar os produtos formulados a partir da composição mineral, outra vantagem da areia zeolítica nacional é a fácil extração.
“Não é necessário fazer grandes buracos e nenhum tipo de mineração sofisticada para extraí-la. Temos uma área extremamente abrangente com esse sedimento. Só na bacia do Parnaíba são mais de 300 mil quilômetros quadrados”, disse o professor da UFRJ.
Testes confirmaram a eficácia do sedimento no cultivo de rosas. Conduzidos por pesquisadores da Embrapa Solos junto a floricultores de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, os estudos de campo mostraram que as hastes das flores cresceram, em média, 20% a mais.
“Nesse caso, chegamos ao extremo de não ter que fazer nenhum tratamento nas rosas. Simplesmente essa areia zeolítica foi jogada com outros fertilizantes ao redor das mudas e as plantas conseguiram absorver mais nutrientes do solo”, disse Souza Barros.
O projeto gerou mais de 20 artigos científicos sobre pesquisas com outras culturas, como tomate, alface e frutas cítricas. Por conta dos resultados positivos, as instituições envolvidas com a inovação iniciaram esforços para tornar a tecnologia disponível a produtores rurais.
“Estamos em busca de empresas brasileiras interessadas em explorar essa tecnologia, desde a extração sustentável do sedimento até seu beneficiamento em condições econômicas que sejam acessíveis também a pequenos agricultores. Estima-se que cerca de 40% dos custos da agroindústria brasileira estejam nos gastos com fertilizantes e nutrientes”, destacou Souza Barros.
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
A fresh start
Teaching children to eat a well-balanced diet is better at stopping adult obesity than diet foods, suggests study
A new study by scientists at the University of Alberta in Canada may suggest that giving growing children diet foods can lead to obesity in later life. Children may learn to assess the energy value of food using its taste and texture, and may continue eating even when they have consumed sufficient calories if the taste of high-calorie meals has been incorrectly associated with low-calorie alternatives early in life.
Lead researcher Professor David Pierce said that: “Based on what we’ve learned, it is better for children to eat healthy, well-balanced diets with sufficient calories for their daily activities rather than low-calorie snacks or meals”.
The study comes as a Department of Trade report leaked last month revealed that, at current rates, half of all 6-10 year old boys and 1 in 5 girls in the UK will be obese by 2050. Rising obesity and the popularity of dieting has driven an increase in demand for low-calorie products. Between 2005 and 2006, sales of low fat and reduced sugar food and drink rose by 3.8 %.
Neko Griffin from the Soil Association’s Food for Life programme told the Ecologist that children get excited about healthy food when they see how it is prepared, picked or grown. Parents can promote a well-balanced diet by encouraging children to assist in the kitchen, or by taking them on visits to an urban farm or to: “allotment projects or market days”.
Click here to read the Ecologist’s article about nutritious baby food.
You can learn more about the Soil Association’s programme to promote healthy school dinners – Food for Life – by visiting: www.foodforlife.org.uk, or by calling or emailing Neko on 0117 314 5180 or ngriffin@soilassociation.org.
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
Essa nossa sombra
por Liane Alves para Vida Simples março de 2007.
Tenho um amigo que é totalmente zen. Ninguém tira o moço do sério. Foi despedido por causa de uma sacanagem feita por um colega de trabalho (e ele não conseguiu balbuciar uma frase sequer em sua própria defesa), vez por outra recebe em sua casa amigos que aparecem para ficar uma semana e estendem o prazo para longos três meses e já vi gente pegar alguns bons CDs da sua estante com um cínico e deslavado “depois eu devolvo” sem que ele esboçasse um único gesto para impedir. Meu amigo não consegue expressar sua agressividade. Num mundo onde a maioria não tem a menor cerimônia em arreganhar os dentes e abrir seus caminhos com os cotovelos, ele tem horror em ver nele mesmo essa reação primitiva que solapa a vida dos outros mortais (ele não, ele não...). Até que um dia, na minha casa, depois de umas três ou quatro caipirinhas, meu amigo começou a despejar ódios e fúrias que provavelmente tinha guardado desde a infância. A minha mesa da cozinha, que já não é essa fortaleza, tremia a cada soco seu, por causa da prepotência de um, da falsidade do outro. Cada gozação recebida, cada injustiça passada estava registrada em sua memória. Tive a impressão de que, se o rapaz dos CDs passasse por ali, teria sua mão decepada, e o colega de trabalho, os dentes moídos. Os hóspedes inconvenientes seriam postos para fora a sopapos. Depois de socar e socar, terminou chorando pelo verdadeiro motivo de sua ira: a incapacidade de entrar em contato com as emoções negativas.
Bem, minha cozinha está longe de ser um set terapêutico, mas, ao encontrar o moço alguns dias depois, vi um sorriso em seus lábios que não estava ali antes. Ele se sentia um pouco envergonhado, sim, mas feliz. Um peso enorme havia saído de seu coração, me garantiu. Um alívio. Estava supercontente por ter descoberto que era capaz de expressar sua agressividade. Claro, ele reconhecia que ainda tinha de aprender a saber como aplicá-la na hora certa, a regular seu volume, e que isso custaria tempo e trabalho. Tinha encontrado cara a cara seu lado negro, sua sombra, de quem tinha tanto pavor (a ponto de negar sua existência). A partir daquele momento, me assegurou, tudo era uma questão de calibragem. Pode ser imaginação minha, mas a partir desse dia passei a ver muito mais cor e vida em seu rosto.
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terça-feira, 7 de agosto de 2007
Agora comida tem vida própria
por TÂNIA NOGUEIRA para Época.
A comida natural vem ganhando tantos adeptos que já não é possível falar de um movimento único. A mais nova tendência a chegar ao Brasil é a comida viva. Não, não se trata de comer ostras à beira da praia. Isso já faz sucesso no país há alguns anos, mas não atende aos requisitos de comida vegetariana. A comida viva naturalista é uma variação do vegetarianismo. Usa principalmente os brotos e as sementes germinadas. Inclui frutas, verduras e legumes orgânicos e extremamente frescos. Parece o ápice da simplicidade. Mas, no mundo moderno, aderir a essa culinária não é nada simples. Para comer cru, ninguém pode ser apressado. Alguns pratos levam mais de 30 horas para ser preparados. Nada pode ser cozido. Alguns alimentos podem e devem ser aquecidos ou desidratados, mas nunca acima de 40 graus Celsius. Esses são os processos que mais demoram.
A comida viva, ou life food, como é chamada em Nova York, praticamente não difere da dieta crudivorista, ou raw food, como ficou famosa na Califórnia. Talvez a life food dê um pouquinho mais de ênfase às sementes germinadas. Hoje, nos Estados Unidos, existem vários restaurantes que levam um desses dois rótulos. No Brasil, o primeiro a se intitular de “comida viva” foi o Universo Orgânico. De um ano para cá, ele virou mania entre famosos e descolados do Rio de Janeiro.
A chef do restaurante, Tiana Rodrigues, que tem a melhor empadinha viva da cidade (damos a receita em nosso site), começou a se envolver com a comida viva, ou crudivorismo, com o grupo da professora Ana Branco, que se reúne na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro para trocar informações e divulgar a idéia. Ela é uma das seguidoras de David Jubb, o pai da life food. A dieta adotada pelos adeptos da comida viva se baseia nas teorias do neurofisiologista australiano, dono do Jubb’s Longevity, um instituto/restaurante/mercadinho em Nova York.
Segundo Jubb, comer comida crua é mais saudável porque, quando o alimento é cozido acima de 40 graus, ele perde suas enzimas. Isso faria com que nosso corpo fosse obrigado a gastar nosso precioso estoque de enzimas, essenciais para nos manter vivos. Mais que isso, a germinação liberaria uma série de enzimas que tornariam a digestão ainda mais fácil. O médico diz também ter constatado que os alimentos industrializados são responsáveis por uma maior acidez do sangue e afirma que, quanto mais alcalino, mais saudável será nosso organismo.
Quando arrancado do solo, separado de sua raiz, um vegetal morre. Mas suas sementes guardam vida em estado latente. Ela se manifesta quando há a germinação. “O broto ainda está vivo quando a gente o come”, diz Tiana. “Por isso, tem tanta energia vital. Mas os vegetais recém-colhidos também têm bastante energia.”
Essa linha de dieta está longe de ser um consenso. Segundo a nutricionista Tânia Rodrigues, da consultoria RGNutri, em São Paulo, os sais minerais são importantes para manter o equilíbrio das enzimas dentro de nosso organismo. “Mas a melhor fonte de minerais são as carnes, não os vegetais crus.” Se você quiser acrescentar grãos germinados a sua dieta equilibrada, isso só lhe fará bem, diz Tânia. “Os germens são ricos em proteínas, vitaminas e sais minerais.” Para quem não come nada de origem animal, aí sim, é mais importante acrescentar brotos e sementes germinadas na cozinha do dia-a-dia.
No entanto, para ela, a destruição de enzimas durante o processo de cocção não significa que tenhamos necessidade de comer só alimentos crus. “O cozimento destrói apenas as enzimas responsáveis pelo envelhecimento do vegetal. Não altera as enzimas que nos ajudam a digeri-lo”, diz Tânia.
Saúde à parte, o restaurante de Tiana tem feito sucesso pelo paladar de seus pratos. Ricos em ingredientes e sabores, eles quase sempre levam algum tipo de broto. Além dos pratos, o Universo Orgânico é uma espécie de empório. Lá, Tiana não dá conta de vender biscoitos crus, sucos com germens e clorofila, pão essênio e as famosas empadinhas vivas, feitas de uma massa de macadâmia crua e desidratada.
Um dos empecilhos para as pessoas se decidirem a fazer uma refeição inteira de comida crua é a idéia de que ela será obrigatoriamente fria. “Há uma série de pratos quentes”, diz Tiana. “Sirvo-os a uns 38 graus.” Muitos vegetais precisam ser desidratados para tornar-se comestíveis, como é o caso da berinjela e dos brócolis.
Outros, como o tomate, ficam gostosos quando secos. Mas não é tão fácil fazer vegetais desidratados. Em seu restaurante, Tiana tem um desidratador trazido dos Estados Unidos. Uma peça que não se encontra por aqui.
Para quem não tem o desidratador, ela sugere que se use uma grelha sobre uma panela de barro vazia aquecida em uma espiriteira elétrica (daquelas de camping). “É preciso também ter um termômetro”, diz. “Quando a temperatura da panela atingir os 38 graus, você desliga a boca. O barro conserva o calor por muito tempo. Quem mora no Nordeste pode desidratar os alimentos ao sol.”
Esta última seria a opção mais condizente com a filosofia da comida viva. s O processo de desidratação pode levar horas ou mesmo dias. Os desidratadores elétricos consomem muita energia. O que não bate com a imagem pregada por Jubb de uma alimentação boa para a pessoa e para o planeta. Em tese, quando consumimos vegetais crus, todas as sobras podem ser aproveitadas para virar adubo. Não há lixo. “Os desidratadores são uma contradição mesmo”, diz Tiana. “No restaurante, tento evitar desperdício racionalizando o uso. Procuro reunir alimentos que tenham o mesmo tempo de desidratação e só ligar o aparelho quando estiver com a capacidade máxima de acomodar alimentos preenchida. Mas os grupos mais puristas de comida viva nunca usam o aparelho elétrico.”
Além dos desidratadores, podem-se improvisar germinadores domésticos (leia o quadro à pág. 81). Cênia Salles, dona do restaurante e mercearia Empório Siriuba, em São Paulo, conta que no fim dos anos 70 viajou à Califórnia e, lá, já ouviu falar da importância das sementes germinadas. Trouxe até algumas na bagagem para servir em seu restaurante, na época o Cheiro Verde. Mas logo elas acabaram e Cênia teve de germinar as próprias sementes. “Criei uma caixa de madeira com uma tela de metal que me permitia deixar de molho e depois escorrer.” Hoje, seu restaurante tem alguns sucos, pães e saladas com grãos germinados.
De 2004 a 2006, funcionou em São Paulo o restaurante Deloonix, que servia raw food, além de peixes e pratos vegetarianos. Mas os paulistanos não aderiram à novidade como os cariocas. “Era um restaurante gourmet, caro”, diz Rafael Rosa, que estudou raw food na Califórnia e elaborou o primeiro cardápio do Deloonix. “Ele vinha na linha de restaurantes americanos, como o Charlie Trotter ou o Roxanne, que apostavam na curiosidade gastronômica do público para experimentar a novidade.”
Rosa não desistiu da linha. Ainda pratica a dieta crudivorista em casa. E pretende vender alguns doces, biscoitos e tortas crus na padaria Pão, que deve inaugurar no dia 8 de agosto, em São Paulo. De acordo com ele, mesmo nos Estados Unidos a aposta puramente na moda não deu muito certo. “O Charlie Trotter faz outras coisas além de raw food, e o Roxanne fechou. O que pegou mesmo foram as centenas de pequenos cafés que atendem um público interessado em levar uma vida mais simples.”
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
Blogagem coletiva sobre amamentação
Chegou a semana mundial de amamentação! Vai do começo de agosto até o dia 7 do mesmo mês, e partiu do Síndrome de Estocolmo a iniciativa de formar uma mega-união na blogosfera para discutirem o assunto sob prismas diferentes.
Bom, a mãe moderna de hoje em dia possui uma acessibilidade infinita na net para saber as mil e uma razões(senão mais, é que parei de contar na 1001°, rs) da importância do aleitamento materno. Ela encontra na Wikipedia/aleitamento, no Grupo Origem, e até em blogs destinados exclusivamente ao assunto, como esse AQUI. Pra se ter uma idéia, "googleando" a palavra "amamentação" você tem 1.190.000 de resultado.
Não obstante, há uma parcela considerável de mães que não têm ciência do valor que o ato tão simples como o da foto acima representa. Uma mãe que não sabe dos benefícios endógenos e exógenos, ou seja, biológicos e psicológicos do bebê. Por isso é necessária uma divulgação, sim. Não raramente você pode encontrar uma pessoa que questiona "Por que toda essa atenção? A mãe desinformada, que em sua maioria é de uma renda baixa, não tem capital para dar ao bebê outra coisa senão o leite materno." Aí é que tá! Tem uma geração de mãe, essa de garotas de 15 anos, geração bem novinha, que segundo especialistas engravidam cedo para obter um afeto que não lhes foi dado, não sabem lidar com esse "ser" que surgiu. Muitas vezes sentem-se presas, e o que mais fazem é, precoce e erroneamente, botar o bebê na mamadeira. Isso quando as mães não são enganadas por empresas bilionárias como o caso da Nestlé, já falado no post anterior!
Sinceramente, eu acho que pouca gente reconhece a responsabilidade de trazer uma nova vida a este globo. Eu acho egoísmo alguém querer plantar uma bela árvore num terreno preste a desabar. É o que está acontecendo. Mulheres, homens, esses casais, parecem todos enxergar só o glamour que a sociedade passa, ou deixam um desejo puramente egocêntrico predominar, e têm um bebê sem tentar fazer deste um mundo melhor. Acho esse fato inconcebível! No meu ver, há muitas crianças sem pai, sem mãe, e eu adoraria um dia adotar. Sei que não sou mulher, e não tenho essa vontade de ter filho, que é mais instintivo que outra coisa, mas é bom parar e refletir um pouco ao notar esse aspecto. Não condeno o fato de ter filhos, mas se é para ter, ao menos queira fazer do Mundo um lugar melhor de se viver para que seu filho sofra o menos, o menos possível. Logo, se é pra fazer, faça direito!
Ah, entrando nesse universo feminino, indico um site que está fazendo uma ótima campanha, também. Trata-se da Campanha da Mamografia Digital Gratuita do Instituto Neo Mama de Prevenção e Combate ao Câncer de Mama, que por sinal não atinge somente as mulheres, mas como alguns homens também. O site depende das visitas para conseguir subsídios suficientes para continuar com o serviço gratuito. Vale à pena conferir!
Aqui vai uma dica essencial, 5 partes de uma espécie de documentário que... bom... deixe-me transcrever: "A história das fórmulas de leite que em alguns países substituíram a amamentação com resultados catastróficos (dublado em português /BR)." Deixo aqui a 1° parte, aí é só seguir na barra de vídeos no lado direito da tela para a continuação.
Parte 1 (Amamentação)
As mutações da fome
Pesquisa FAPESP – Com um 1 ano e 3 meses, Lia mal conseguia manter-se sentada enquanto a maior parte das crianças da mesma idade já começa a andar. O motivo do atraso no desenvolvimento era a carência de nutrientes desde a gestação, que, além de ser a principal causa de mortalidade infantil nos países em desenvolvimento, pode causar danos permanentes à saúde.
Após quase duas décadas em que investiga os efeitos da desnutrição infantil, a bióloga Ana Lydia Sawaya, do Departamento de Fisiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), hoje consegue explicar por que a alimentação insuficiente tem efeitos duradouros e produz adultos obesos, diabéticos e com problemas cardiovasculares. E, mais do que destrinchar a fisiologia da desnutrição, ela investiu em recuperar crianças como Lia e mostrou que tratá-las até os 6 anos de idade pode evitar boa parte desses problemas.
Lia mora numa favela da Zona Sul da cidade de São Paulo, onde Ana Lydia faz boa parte de sua pesquisa. Ela escolheu trabalhar com essa população não só porque é a que mais sofre as conseqüências da pobreza. “São pessoas excluídas, fora do mercado de trabalho e do alcance das políticas públicas que poderiam ajudá-las”, explica.
Ao investigar a saúde de habitantes de favelas em São Paulo e em Maceió, onde cerca de 50% da população vive em situação de miséria, o grupo de Ana Lydia verificou que adolescentes desnutridos durante a infância apresentam taxas de obesidade e hipertensão muito mais altas do que o resto da sociedade brasileira, e maior risco de desenvolver diabetes quando adultos.
Alguns de seus resultados mais recentes mostram uma elevada prevalência de hipertensão em adolescentes que foram crianças desnutridas – que chega a 21% em São Paulo. É muito alto se comparado a adolescentes que não sofreram desnutrição (7%). Para adultos com baixa estatura em Maceió essa prevalência é de 28,5% e afeta mais as mulheres (44%) do que os homens (18%); em mulheres obesas pode chegar a 50%.
O grupo da Unifesp descobriu que essa alteração na pressão arterial surge por causa de lesões que reduzem a elasticidade dos vasos sangüíneos e da má-formação dos rins.
Clique aqui para ler o texto completo na edição 138 de Pesquisa FAPESP.
Assinaturas, renovação e mudança de endereço: (11) 3038-1434, (11) 3038-1418 (fax) ou fapesp@teletarget.com.br
sábado, 4 de agosto de 2007
Estilo de vida (da Taps)
Quem assume sua própria saúde
• Tem uma alimentação natural, viva
• Regularmente faz exercícios
• Bebe água pura
• Não toma café, refrigerantes ou bebidas alcoólicas
• Não fuma
• Raras vezes usa medicamentos
• Recusa tomar vacinas
• Procura e elimina as causas da doença
O médico alopata
• Da pouca importância a alimentação
• Indica exercícios apenas em alguns casos
• Aceita água clorada e fluoretada
• Indica moderação
• Ele mesmo fuma
• Geralmente indica medicamentos
• Indica inúmeras vacinas
• Trata apenas dos sintomas