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Estudo holandês levou quatro décadas para coletar os dados. Resultados foram apresentados em reunião de cardiologistas nos EUA.
Uma pequena ingestão diária de qualquer bebida alcoólica, especialmente vinho, pode ajudar a prolongar a expectativa de vida dos homens, de acordo com os resultados de um estudo holandês feito durante quatro décadas e divulgado nesta quarta-feira (28).
Os pesquisadores realizaram o estudo na cidade industrial de Zutphen, no leste da Holanda, acompanhando um grupo de 1.373 pessoas do sexo masculino, nascidas entre 1900 e 1920.
Os voluntários foram entrevistados sete vezes durante 40 anos sobre seu consumo de bebidas alcoólicas, a última delas em meados de 2000.
"Nosso estudo mostra que a leve ingestão de álcool em longo prazo em homens de idade mediana esteve não apenas associada ao menor risco de morte por doenças cardiovasculares e outras causas, mas também a uma maior expectativa de vida aos 50 anos", relatou a principal autora do estudo, Martinette Streppel.
"Mais do que isso: o consumo leve de vinho em longo prazo se associa a um efeito protetor, quando comparado à ingestão de leve a moderada de álcool de outros tipos", completou Streppel, doutora da Universidade Wageningen e do Instituto Nacional para Saúde Pública e Meio Ambiente em Bilthoven, Holanda.
Os pesquisadores descobriram que os homens que tomam em média meia taça de vinho todos os dias têm uma expectativa de vida 3,8 anos acima dos que não bebem.
Em contraste, os homens que tomam álcool em pequena quantidade diariamente e em longo prazo têm uma expectativa de vida de 1,6 ano a mais do que os abstêmios.
As conclusões desta investigação foram divulgadas hoje durante a Conferência Anual sobre Doenças Cardiovasculares e Prevenção da Associação Americana do Coração, em Orlando, Flórida (sudeste).
O estudo levou em consideração os hábitos alcoólicos e alimentares, o consumo de cigarro, a massa corporal e a propensão ao câncer, diabetes e ataques do coração dos voluntários.
Os investigadores destacaram que são necessários outros estudos para determinar de que maneira o vinho e o álcool incidem sobre os riscos cardiovasculares, acrescentando que a Associação Americana do Coração não está sugerindo, com isso, que se comece a tomar vinho ou outra forma de bebida alcoólica, devido ao seu potencial viciador.
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