O gengibre pode ajudar a combater o câncer de ovário, indicaram experiências feitas por cientistas da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Testes feitos em laboratório mostraram que a raiz pode matar células cancerígenas, de acordo com os resultados apresentados na Associação (americana) de Pesquisas sobre o Câncer.
Os pesquisadores usaram um pó de gengibre semelhante ao que é vendido em lojas de comida, dissolveram o produto em uma solução e a aplicaram em células de câncer de ovário. Embora digam que o gengibre matou as células cancerígenas em todos os testes, os próprios autores do estudo reconhecem que mais exames precisam ser realizados para comprovar o poder anticâncer da raiz.
"Suicídio" e autofagia
Cientistas britânicos também advertiram que, embora o estudo ofereça esperanças de que o gengibre seja usado no desenvolvimentos de drogas contra o câncer, ainda é cedo para concluir que o alimento possa de fato ajudar a combater a doença.
Cientistas britânicos também advertiram que, embora o estudo ofereça esperanças de que o gengibre seja usado no desenvolvimentos de drogas contra o câncer, ainda é cedo para concluir que o alimento possa de fato ajudar a combater a doença.
"Este estudo não significa que as pessoas devem baixar nos supermercados e estocar gengibre", disse o representante da ONG britânica Cancer Research UK Heney Scowcroft. Ainda assim, os pesquisadores americanos destacaram as vantagens de um possível tratamento à base de gengibre.
Segundo eles, não só o alimento não tem efeitos colaterais, como seria de fácil administração, possivelmente na forma de cápsulas.
Nos testes, os cientistas observaram que o gengibre levou as células a se "suicidarem" - o que é conhecido como apoptose - e à autofagia - uma espécie de canibalismo. Segundo os pesquisadores, a forma como o gengibre "mata" as células cancerígenas é especialmente encorajador.
"Se o gengibre pode causar morte autofágica além da apoptose, também pode restringir a resistência à quimioterapia convencional", disse a autora do relatório sobre o estudo Rebecca Liu.
A raiz já é conhecida por propriedades terapêuticas como a capacidade de aliviar náusea e controlar processos inflamatórios.
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