sexta-feira, 28 de março de 2008

terça-feira, 25 de março de 2008

Festa despedida 29 de março, sábado




'Comer em família evita distúrbio alimentar'

BBC
Refeições familiares são mais incomuns por falta de tempo

Comer com a família pode ser uma das formas mais fáceis de evitar que adolescentes mulheres desenvolvam distúrbios alimentares e recorram a medidas extremas para controlar o próprio peso, segundo uma pesquisa da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, publicada na edição de janeiro da revista especializada Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine.

Segundo o estudo, os distúrbios alimentares – que incluem comer desordenadamente e provocar o vômito para perder peso – se tornam mais comuns na passagem da adolescência para a vida adulta, e as refeições familiares podem ajudar a evitá-los.

“Distúrbios alimentares estão associados a uma série de conseqüências comportamentais, físicas e psicológicas danosas, que incluem uma dieta de qualidade inferior, ganho de peso, obesidade, sintomas de depressão e os próprios distúrbios”, dizem os autores do artigo.

“Por isso, é importante identificar estratégias para evitar esses distúrbios.”

Refeições frequentes

A médica e nutricionista Dianne Neumark-Sztainer e sua equipe estudaram 2.516 adolescentes em 31 escolas do Estado de Minnesota.

As participantes completaram dois questionários - um na escola, em 1999, e outro pelo correio, em 2004 – respondendo perguntas sobre com que frequência elas comiam com a família, seu índice de massa corporal, relação com a família e distúrbios alimentares.

Entre as adolescentes, aquelas que compartilhavam pelo menos cinco refeições por semana com o resto da família em 1999 tinham tendência significativamente menor a reportar o uso de medidas extremas para controlar seu peso em 2004, independentemente de suas características sócio-demográficas, índice de massa corporal ou relação com a família.

Entre os meninos, no entanto, as refeições familiares não tinham influência sobre os distúrbios alimentares cinco anos depois. Os autores do estudo, no entanto, não conseguiram identificar o porquê da diferença.

“As refeições familiares podem oferecer mais benefícios às meninas porque elas podem ser mais sensíveis, e provavelmente mais influenciáveis, pelos relacionamentos familiares e interpessoais do que os adolescentes do sexo masculino”, dizem os autores.

Eles também acreditam que elas, provavelmente, estariam mais envolvidas na preparação dos alimentos, aprendendo a preparar uma refeição balanceada.

Os distúrbios alimentares, no entanto, são muito mais comuns entre mulheres do que homens, e com as conclusões deste e de outros estudos, os autores recomendam que as autoridades encontrem meios de ajudar as famílias a comerem juntas.

sábado, 22 de março de 2008

Pimenta faz bem à saúde

terça-feira, 18 de março de 2008

Dieta de risco

Por Alex Sander Alcântara

Agência FAPESP – Uma pesquisa feita na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) põe em evidência importantes mudanças no padrão de consumo alimentar paulistano. Os resultados atestam que, nas últimas três décadas do século 20, houve um declínio no consumo de alimentos básicos, como cereais e derivados, e de frutas e hortaliças, ao passo que se verificou um aumento da participação de alimentos de baixo teor nutricional, como biscoitos e refrigerantes.

O estudo analisou a disponibilidade de alimentos em domicílios da cidade de São Paulo, e não o consumo propriamente dito. Foram utilizados dados das Pesquisas de Orçamento Familiar (POF), realizadas pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (Fipe) em dois períodos distintos: de 1971 a 1972 e de 1998 a 1999. Ambas as pesquisas mapearam a região urbana do município. As amostras das POF se referem a um universo de 2.380 domicílios (10.418 indivíduos) e de 2.351 domicílios (7.980 indivíduos), respectivamente.

“As mudanças verificadas na disponibilidade domiciliar de alimentos em São Paulo entre as décadas de 1970 e 1990 têm aspectos positivos – como um melhor acesso aos alimentos e seu barateamento em relação ao salário das famílias – e negativos – como o consumo excessivo e desbalanceado de calorias ”, disse à Agência FAPESP Rafael Moreira Claro, doutorando na Faculdade de Saúde Pública da USP e um dos autores do estudo, cujos resultados foram publicados em artigo na Revista de Nutrição.

De acordo com o pesquisador, na prática se pode fazer uma associação entre o padrão de alimentação e as doenças de determinada população. “O que se viu, desde a última metade do século 20, foi uma gradativa substituição dos problemas associados ao consumo insuficiente de alimentos, como a desnutrição, por aqueles associados ao consumo excessivo e desbalanceado, como a obesidade e as doenças cardiovasculares”, explicou.

O amplo período compreendido entre as POF possibilitou confirmar tendências de alimentação, como a substituição do consumo de manteiga por margarina, bem como a expansão na disponibilidade de alimentos processados, que registraram aumento de 500% para doces, 300% para refrigerantes e de 400% para biscoitos, itens muito menos comuns nos mercados na década de 1970.

O estudo constatou ainda um aumento na disponibilidade de alimentos de origem animal, como carnes e leite. “Apesar de a tendência apresentar características positivas devido ao aumento no consumo de proteínas e de cálcio, tais alimentos também constituem fontes de gordura animal e de colesterol, nutrientes danosos à saúde quando consumidos em quantidade excessiva”, disse Moreira Claro.

O resultado é semelhante ao encontrado em diferentes áreas metropolitanas no Brasil, mas São Paulo apresentou, segundo o estudo, maior participação de gorduras totais e menor percentual energético de carboidratos. O fenômeno, contudo, não ocorre somente em metrópoles como São Paulo e Nova York, onde os índices de obesidade provocados pelo excesso de alimentos se tornaram um grave problema de saúde pública.

“A grande confusão se dá pelo fato de esse fenômeno se iniciar nas grandes cidades, onde há necessidade de alimentos mais convenientes (de preparo e consumo fáceis e rápidos) e o marketing de consumo sobre alimentos processados é maior. Além disso, as oportunidades para prática de atividade física são cada vez mais limitadas. No entanto, a tendência é que, com o tempo, essas mudanças afetem também o estilo de vida em cidades menores e elas passem a apresentar altas taxas de obesidade”, indicou o pesquisador.


Informação nutricional

De acordo com os resultados, a participação do ferro se manteve estável devido, em grande parte, ao aumento do consumo de alimentos de origem animal, como a carne bovina. Contudo, o estudo aponta um decréscimo na quantidade de vitaminas, principalmente a vitamina C, e folato, ausência atribuída à diminuição na participação de frutas, verduras e legumes na dieta.

Para Moreira Claro, a análise da evolução dos padrões alimentares da população propicia subsídios para melhor compreender o assunto e implementar políticas públicas mais eficazes. Segundo ele, ações individualizadas para combater as doenças geradas pela obesidade parecem surtir pequeno efeito. Imposição de taxas a alimentos não saudáveis ou ainda isenções fiscais que barateiem alimentos saudáveis são algumas das opções discutidas.

“Medidas como a proibição da venda de alimentos não saudáveis em creches e escolas, avanços quanto à rotulagem de alimentos e a inserção de temas relacionados à educação nutricional nas escolas têm se mostrado satisfatórios. Iniciativas como a Lei nº 4508, aprovada em 2005 e que proíbe a comercialização de produtos que colaborem para obesidade infantil em cantinas de escolas do Estado do Rio de Janeiro, e a Resolução RDC nº 360, de 2003, que aprova regulamento técnico sobre rotulagem nutricional de alimentos embalados tornando obrigatória a rotulagem nutricional, são bons exemplos de ações que afetam um grande número de indivíduos”, destacou.

Para ler o artigo Evolução da disponibilidade domiciliar de alimentos no município de São Paulo no período de 1971 a 1999, disponível na biblioteca on-line SciELO (Bireme/FAPESP), clique aqui.

Consumo X Saúde

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dicas preservam saúde mesmo com consumo de chocolates na Páscoa

da Folha Online

Com moderação e a escolha correta de alimentos, é possível manter a saúde e a boa forma física durante a Páscoa. Considerado até mesmo saudável e nutritivo devido a seus componentes nutricionais, o chocolate presente em ovos e colombas pascais pode ser um aliado da boa alimentação.

O chocolate tem substâncias tidas como estimulantes, como cafeína e teobromina, que podem elevar estados de euforia, agitação e raciocínio. Além disso, seus componentes agem sobre a serotonina e a dopamina cerebrais, substâncias responsáveis pela regulação do humor e dos comportamentos compulsivos, atuando como atenuante em casos de depressão, TPM (tensão pré-menstrual) e ansiedade.

A nutricionista Roseli Rossi aponta outros benefícios do doce. "A alta concentração de cacau, que possui flavonóides, epicatequinas e ácido galático, tem ação antioxidante e ajuda manter o coração e as células saudáveis." A iguaria fornece, ainda, energia para a prática de atividade física.

Tentação

A saúde começa a ser prejudicada a partir do exagero no consumo. "O chocolate é, sem dúvida, um dos alimentos que mais engordam. Rico em calorias, ele contém alto teor de carboidratos refinados e gorduras e uma pequena porção de proteínas", diz Rossi. "Portanto, tudo vai depender da quantidade consumida, do tipo de chocolate e do horário que foi ingerido."

Para não ter problemas com a gula, é aconselhável preparar o almoço de Páscoa com itens menos calóricos, de preferência vegetais preparados sem molhos prontos e carnes magras grelhadas, assadas ou cozidas. Dessa forma, é possível comer os doces típicos da época sem culpa. Outro conselho de especialistas é não pular refeições para comer chocolate.

Opte pelo consumo de manhã ou à tarde, se possível acompanhado de um pedaço de fruta. A colomba, por sua vez, pode ser consumida pela manhã, no lugar do pão ou da torrada. A calma ao mastigar faz com que a digestão seja mais lenta e que você se sinta satisfeito com menos quantidade.

As variedades diet, light, de soja, sem lactose ou sem glúten são opções para quem segue dieta especial. Mas lembre-se: no caso do chocolate diet, a quantidade de gordura presente é, em geral, maior. O ovo de Páscoa meio amargo ou amargo é o mais saudável, ao contrário dos brancos, recheados ou crocantes --com menos flavonóides e mais gordura.

Caso a tentação seja maior e você não consiga seguir as recomendações, invista em uma dieta equilibrada e em atividades físicas logo após a Páscoa.