Estudo argentino prospectivo, randomizado e aberto (ou seja, tanto os pesquisadores quanto os participantes conheciam o produto que estavam sendo ofertados) verificou que o consumo de iogurte contendo simbiótico melhorou parâmetros relacionados com a evacuação intestinal em mulheres com constipação funcional. Como o mau funcionamento intestinal ocorre mais freqüentemente em mulheres do que em homens, provavelmente pelo efeito hormonal (muitas vezes agravados na gestação) ou por características na anatomia pélvica, os autores optaram por estudar somente esse grupo.
Apesar de o trabalho avaliar os efeitos desse produto em mulheres com constipação intestinal, os pesquisadores também incluíram mulheres sem constipação para compararem com parâmetros de normalidade. Por isso, foram divididos dois grupos: um grupo de mulheres com constipação (266) e outro grupo de mulheres sem constipação (112) para receberem duas unidades/dia de iogurte contendo simbióticos com Bifidobacterim animalis DN 173-010 e inulina ou uma sobremesa láctea sem probiótico (grupo controle), durante quatro semanas.
A ingestão de fibras foi verificada nos dois grupos, mas não houve diferença significante: 8,7 ± 6,4 g/dia em mulheres com constipação e 9,4 ± 6,5 g/dia nas mulheres sem constipação.
Após período de estudo o grupo de mulheres com constipação e que consumiram o iogurte contendo simbiótico tiveram aumento na freqüência das evacuações quando comparadas com as que receberam a sobremesa controle (6,1 ± 2,7 contra 5,0 ± 2,6 evacuações/semana). Além disso, o consumo do simbiótico diminuiu a dor abdominal ao evacuar (0,1 ± 0,2 contra 0,2 ± 0,3), o esforço para evacuar (1,9 ± 0,8 contra 2,2 ± 0,9) e melhorou a consistência fecal (3,6 ± 1,0 contra 3,4 ± 1,0), comparadas com o grupo que recebeu a sobremesa controle. No grupo de mulheres sem constipação os efeitos também foram positivos para os mesmos parâmetros, mas com uma importância menor do que nas mulheres com constipação.
“Nosso estudo não foi desenhado para explicar os mecanismos envolvidos com os efeitos observados, mas podemos sugerir que a mudança na flora intestinal pode acelerar o trânsito intestinal no cólon por alterar a capacidade de absorção de água, e por isso melhorar o funcionamento intestinal. Também é possível que este tipo de intervenção possa modificar a resposta imune e neuroendócrina da mucosa intestinal, mas para afirmar isso teríamos que realizar um estudo por um maior período de tempo”, explicam os pesquisadores.
“É importante dizer que não houve efeitos adversos no consumo do iogurte com simbiótico e da sobremesa utilizada como controle, mostrando a alta segurança desses produtos. Aliás, o uso do placebo foi uma grande dificuldade para nós, pois entre outros motivos, não encontramos um produto que pudesse ter características similares ao iogurte sem que causasse algum efeito fisiológico ao sistema digestório humano”, argumentam. “Nossos resultados mostram que o iogurte com simbiótico pode melhorar significativamente os parâmetros relacionados à evacuação intestinal em mulheres com constipação funcional, mas devem ser excluídos os indivíduos intolerantes ao leite e derivados”, concluem.
Referência(s)De Paula JA, Carmuega E, Weill R. Effect of the ingestion of a symbiotic yogurt on the bowel habits of women with functional constipation. Acta Gastroenterol Latinoam. 2008;38:16-25.
Thiago Manzoni Jacintho para Nutritotal
sexta-feira, 30 de maio de 2008
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Enjôo matinal agora é sinal de saúde
21 Mai 2008 17:27
Blogue da Superinteressante
As grávidas podem comemorar: a náusea e o vômito, presentes no início da gestação, são sinais de um bebê saudável. Para chegar a essa conclusão, cientistas analisaram milhares de casos e descobriram que mulheres que apresentavam enjôo tinham chances menores de aborto. E tem mais: as que vomitavam tiveram filhos mais saudáveis do que aquelas que sofriam com crises de náusea.
O estudo ajuda a entender por que tantas mulheres têm aversão a carnes, alguns vegetais, bebidas que contém cafeína e cheiros fortes como o de cigarro e álcool. Segundo os pesquisadores, esses alimentos e/ou substâncias podem conter micróbios naturais ou químicos que deformam o feto ou provocam o aborto. O corpo acaba criando uma proteção que, em vez de desenvolver moléculas para se defender contra essas toxinas, distancia-se delas.
E isso acontece bem no período em que o feto está mais suscetível a um distúrbio ou uma implicação – entre a sexta e 18ª semana de gravidez. Veja na tabela:
Blogue da Superinteressante
As grávidas podem comemorar: a náusea e o vômito, presentes no início da gestação, são sinais de um bebê saudável. Para chegar a essa conclusão, cientistas analisaram milhares de casos e descobriram que mulheres que apresentavam enjôo tinham chances menores de aborto. E tem mais: as que vomitavam tiveram filhos mais saudáveis do que aquelas que sofriam com crises de náusea.
O estudo ajuda a entender por que tantas mulheres têm aversão a carnes, alguns vegetais, bebidas que contém cafeína e cheiros fortes como o de cigarro e álcool. Segundo os pesquisadores, esses alimentos e/ou substâncias podem conter micróbios naturais ou químicos que deformam o feto ou provocam o aborto. O corpo acaba criando uma proteção que, em vez de desenvolver moléculas para se defender contra essas toxinas, distancia-se delas.
E isso acontece bem no período em que o feto está mais suscetível a um distúrbio ou uma implicação – entre a sexta e 18ª semana de gravidez. Veja na tabela:
Divulgado resultado do monitoramento de agrotóxicos em alimentos
Fonte: http://www.nutritotal.com.br
Data: 20/05/2008
Autor(a): Chico Damaso
Nos tomates de mesa, assim como no morango e na alface, foram encontrados metamidofós. Ainda que os resíduos não tenham ultrapassado os limites tolerados para a alimentação diária da população, o agrotóxico é autorizado apenas para a cultura de tomate industrial, aplicado por via aérea, trator ou pivô central, para evitar que o trabalhador rural seja intoxicado.
Bibliografia(s)
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Notícias da Anvisa. Disponível em http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2008/230408_1.htm . Acessado em 20.05.2008.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Disponível em http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/residuos/index.htm . Acessado em 20.05.2008.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Agrotóxicos e Toxicologia. Monografias de Produtos Agrotóxicos Excluídas. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br/toxicologia/monografias/index_excluidas.htm . Acessado em 20.05.2008.
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Espaço Cidadão. O que é agrotóxico? Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/cidadao/agrotoxicos/define.htm . Acessado em 20.05.2008.
Data: 20/05/2008
Autor(a): Chico Damaso
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (Para), coordenado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com as Secretarias Estaduais de Saúde, avaliou durante o ano de 2007 cerca de 1200 amostras de alface, batata, morango, tomate, maçã, banana, mamão, cenoura e laranja. Do total, 207 foram classificadas como insatisfatórias, ou 17,28%.
Os resultados serão encaminhados pela Anvisa ao Ministério da Agricultura (Mapa), que é o órgão responsável pela fiscalização das lavouras, para que tome as providências junto dos produtores.
Para 2009, o Para passará a acompanhar oito novas culturas. Os produtos selecionados são abacaxi, arroz, cebola, feijão, manga, pimentão, repolho e uva.
De olho no tomate
Os principais problemas detectados na análise das amostras foram teores de resíduos acima do permitido e o uso de agrotóxicos não autorizados para estas culturas. No caso da batata e da maçã, houve redução no número de amostras com resíduos de agrotóxicos.
O tomate foi o produto que mais chamou a atenção em todo o estudo. Quase 45% das 123 amostras analisadas apresentaram resultados insatisfatórios. Nas 55 culturas reprovadas, foi encontrada pelos técnicos a substância monocrotofós, que teve seu uso proibido em novembro de 2006, em razão de sua alta toxicidade. O uso da substância já foi denunciado à Polícia Federal e ao Ministério da Agricultura, para que procedam a investigação.
Nos tomates de mesa, assim como no morango e na alface, foram encontrados metamidofós. Ainda que os resíduos não tenham ultrapassado os limites tolerados para a alimentação diária da população, o agrotóxico é autorizado apenas para a cultura de tomate industrial, aplicado por via aérea, trator ou pivô central, para evitar que o trabalhador rural seja intoxicado.
A boa notícia veio da análise da batata, que passou a ser monitorada em 2002. Naquela época, apresentou índice de 22,2% de uso indevido de agrotóxicos. Este nível encontra-se hoje bem abaixo, tendo sido reduzido para 1,36%. A maçã também teve melhora. Da reprovação anterior de 5,33%, apresentou, em 2007, irregularidades em 2,9% das amostras.
Bibliografia(s)
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Notícias da Anvisa. Disponível em http://www.anvisa.gov.br
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA). Disponível em http://www.anvisa.gov.br
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Agrotóxicos e Toxicologia. Monografias de Produtos Agrotóxicos Excluídas. Disponível em:
http://www.anvisa.gov.br
Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Espaço Cidadão. O que é agrotóxico? Disponível em: http://www.anvisa.gov.br
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quarta-feira, 7 de maio de 2008
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